sábado, 6 de junho de 2009



É como amar a lua inacessível (Cazuza)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sexta-fria



Todas as sextas-feiras são sextas - frias
A estrada longa que não passa de meia hora
Passa vento, passa árvore, passa pensamento.
A senhora ruiva ao meu lado leva livros velhos encapados de flores
Eu levo apenas, desejo sem capa.

Meu destino final é uma escada,
Dez degraus que acabam no abismo
No abismo de olhos que não me enxergam
No abismo de olhos ofuscados que talvez finja não me ver
Algumas horas já se passaram, eu assino o livro sem o título esperança.
E termino mais uma sexta - fria com um até logo,
Até sexta-feira.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nublado


Hoje o céu acordou cinzento
O vento soprando, as flores dormindo.
Dias de outono são como raios solares escondidos entre nuvens
não nos deixam sorrir pelo seu tom grosseiro e cinzento,
nos deixam, apenas, chorar!
Esse choro é de nostalgia dos últimos grãos de pólen que ficaram da primavera passada.
A porta está aberta, já é hora de acordar
pisar nas flores que restaram e caminhar
Esperar, acordar, sonhar...

Talvez hoje a lua ilumine, mas o céu continuara escuro sem estrelas cadentes.

Sem estrelas cadentes

Sem estrelas cadentes

Cem estrelas cadentes.



[L.Marila]